Nos versos 234 a 238 no capítulo V do tratado Shiva Samhitá diz:
"Que ele (yoguin) pratique livre da companhia dos homens num local retirado. Pela manutenção da aparências, ele deve permanecer em sociedade, mas não tendo o seu coração nesta. Ele não deve renunciar aos deveres da sua profissão, casta ou posição social; mas que ele os desenvolva como um instrumento do Senhor (Shiva), sem qualquer pensamento acerca dos resultados. Ele prospera seguindo sabiamente o método do Yoga; não há dúvida disso. Permanecendo no seio da família, cumprindo com os deveres familiares, ele que está livre do mérito e do desmerecimento e que dominou os seus sentidos, alcança a salvação. Pela prática do Yoga, o homem de família não é tocado nem pela virtude nem pelo vício; se para proteger a humanidade ele cometer algum pecado, ele não se encontra poluído pelo mesmo."
Para alguns aspirantes a yoguin ou yoguini, manter o equilíbrio nas suas relações sociais, familiares, afectivas em geral, torna-se um obstáculo ao progresso na prática do Yoga pelo facto deste ponto de vista e estudo sobre a vida propor uma abordagem onde se privilegia o isolamento para o estudo de si mesmo e o desapego de qualquer objecto ou fruto da acção, seja este material, emocional, mental ou relacional. É realmente por demais importante para a evolução do praticante que ele respeite e desenvolva estas prescrições práticas, tal como também as éticas universais (yama) e a disciplina individual (niyama).
Numa abordagem inicial a estes dois primeiros membros (angas) do Yoga (Yama e Niyama), os praticantes poderão encontrar a necessidade de se isolar e desapegar da vida tal como a conheciam e viviam até então para poderem interpretar e experienciar prescrições tal como Brahmacharya (não desvirtuar a sexualidade) ou Aparigraha (não possessividade), mas o conhecimento que advém do seu estudo e prática constante acabará por levar o yoguin de volta à sociedade agora com um espírito renovado iluminado pelo conhecimento da prática do Yoga.
O conceito de brahmacharya não é algo que respeite a negação, austeridade forçada ou proibição, é antes o acto daquele que vê a divindade em tudo existente, e desta forma lida com a vida de forma religiosa (e isto não implica ter-se uma religião, mas ser-se antes compassivo e amoroso para com a existência).
Quase todos os grandes yoguis e sábios da velha Índia eram homens casados e com família própria. Sem experienciar o amor e a felicidade humana não é possível conhecer verdadeiramente o amor divino.
A aceitação incondicional de toda a riqueza e diversidade característica à humanidade e o amor compassivo por todas as formas de existência é para muitos a porta para a compreensão divina, para abrir as portas da sua consciência ao plano mais sublime e unificado da sua existência absoluta. Ghandi disse: "A minha vida é um todo indivisível, todas as minhas acções se encadeiam, e todas elas têm a sua origem no meu insaciável amor pela humanidade."
Partilhar de um relação é poder privar com alguém que nos reflecte o quanto livres nós somos, livres para sermos nós mesmos, livres para sermos autênticos e originais, livres para reconhecer nos outros a sua própria liberdade. Façamos das nossas relações uma oportunidade para crescermos a nossa sensibilidade e a nossa consciência, desprendendo-nos do apego excessivo, da possessividade e de todas as doenças que daí advém tais como o ciúme, o ódio ou a agressividade. Façamos das relações uma oportunidade de purificação dos nossos seres, que através do amor encontremos o nosso estado mais puro e mais iluminado. Que nos juntemos em liberdade.
Khalil Gibran escreveu a este propósito: "Mantede-vos juntos, mas nunca demasiado: porque os pilares do templo elevam-se, distanciados, e o carvalho o cipreste não crescem à sombra um do outro."
O amor dá e recebe de si mesmo, jamais possui nem quer ser possuído, e basta-se a si mesmo. O yogui e yoguini respectivamente Edson Moreira e Vanderléa Jovino (reverências a estes seres maravilhosos), manifestam a sua impressão muito universal e naturalista relativamente ao amor no Svátantrya Yoga Shástra: "O amor predispõe o ser a lutar para ser feliz. Resta saber se não se trata de uma criação inusitada e desnecessária o acto de amar! Afaste a razão dessa premissa tornando-a serena e espontânea, talvez assim descubra que o amor é a vida tal como se apresenta."
Sejamos naturais e vivamos amorosamente o dia-a-dia, cada momento, cada agora, conscientes do presente, libertos do passado, e sem ansiar o futuro. Amar é viver, é simplesmente ser, sem esforço, sem lutas, sem dominação nem cobrança. É fácil! Disfrute da vida e viva o amor. Viva o Amor!!!
Em Dezembro de 2009 nasce para este mundo o bebé Surya, um menino divino, o baby krishna cá de casa. Tudo de bom para este novo ser consciente que nos presenteia. Bem vindo sejas a esta vida, que tudo reflicta a tua luz, que tudo seja como tu um Sol, inspirador da humanidade, fonte e origem de todo o conhecimento, removedor de todos os obstáculos! Hare Surya Hare Hare! Hari Om! Om Shánti Shánti Shánti!
Vou voltar a citar Khalil Gibran, no livro O Profeta, relativamente aos filhos: "Sois os arcos e vossos filhos as setas vivas projectadas. O Arqueiro vê o alvo no caminho do infinito, e reteza-vos com o seu poder para que as setas possam voar depressa para longe. Que a vossa tensão na mão do Arqueiro seja de alegria. Porque assim como Ele gosta da seta que voa, também gosta do arco que fica."
"Que ele (yoguin) pratique livre da companhia dos homens num local retirado. Pela manutenção da aparências, ele deve permanecer em sociedade, mas não tendo o seu coração nesta. Ele não deve renunciar aos deveres da sua profissão, casta ou posição social; mas que ele os desenvolva como um instrumento do Senhor (Shiva), sem qualquer pensamento acerca dos resultados. Ele prospera seguindo sabiamente o método do Yoga; não há dúvida disso. Permanecendo no seio da família, cumprindo com os deveres familiares, ele que está livre do mérito e do desmerecimento e que dominou os seus sentidos, alcança a salvação. Pela prática do Yoga, o homem de família não é tocado nem pela virtude nem pelo vício; se para proteger a humanidade ele cometer algum pecado, ele não se encontra poluído pelo mesmo."
Para alguns aspirantes a yoguin ou yoguini, manter o equilíbrio nas suas relações sociais, familiares, afectivas em geral, torna-se um obstáculo ao progresso na prática do Yoga pelo facto deste ponto de vista e estudo sobre a vida propor uma abordagem onde se privilegia o isolamento para o estudo de si mesmo e o desapego de qualquer objecto ou fruto da acção, seja este material, emocional, mental ou relacional. É realmente por demais importante para a evolução do praticante que ele respeite e desenvolva estas prescrições práticas, tal como também as éticas universais (yama) e a disciplina individual (niyama).
Numa abordagem inicial a estes dois primeiros membros (angas) do Yoga (Yama e Niyama), os praticantes poderão encontrar a necessidade de se isolar e desapegar da vida tal como a conheciam e viviam até então para poderem interpretar e experienciar prescrições tal como Brahmacharya (não desvirtuar a sexualidade) ou Aparigraha (não possessividade), mas o conhecimento que advém do seu estudo e prática constante acabará por levar o yoguin de volta à sociedade agora com um espírito renovado iluminado pelo conhecimento da prática do Yoga.
O conceito de brahmacharya não é algo que respeite a negação, austeridade forçada ou proibição, é antes o acto daquele que vê a divindade em tudo existente, e desta forma lida com a vida de forma religiosa (e isto não implica ter-se uma religião, mas ser-se antes compassivo e amoroso para com a existência).
Quase todos os grandes yoguis e sábios da velha Índia eram homens casados e com família própria. Sem experienciar o amor e a felicidade humana não é possível conhecer verdadeiramente o amor divino.
A aceitação incondicional de toda a riqueza e diversidade característica à humanidade e o amor compassivo por todas as formas de existência é para muitos a porta para a compreensão divina, para abrir as portas da sua consciência ao plano mais sublime e unificado da sua existência absoluta. Ghandi disse: "A minha vida é um todo indivisível, todas as minhas acções se encadeiam, e todas elas têm a sua origem no meu insaciável amor pela humanidade."
Partilhar de um relação é poder privar com alguém que nos reflecte o quanto livres nós somos, livres para sermos nós mesmos, livres para sermos autênticos e originais, livres para reconhecer nos outros a sua própria liberdade. Façamos das nossas relações uma oportunidade para crescermos a nossa sensibilidade e a nossa consciência, desprendendo-nos do apego excessivo, da possessividade e de todas as doenças que daí advém tais como o ciúme, o ódio ou a agressividade. Façamos das relações uma oportunidade de purificação dos nossos seres, que através do amor encontremos o nosso estado mais puro e mais iluminado. Que nos juntemos em liberdade.
Khalil Gibran escreveu a este propósito: "Mantede-vos juntos, mas nunca demasiado: porque os pilares do templo elevam-se, distanciados, e o carvalho o cipreste não crescem à sombra um do outro."
O amor dá e recebe de si mesmo, jamais possui nem quer ser possuído, e basta-se a si mesmo. O yogui e yoguini respectivamente Edson Moreira e Vanderléa Jovino (reverências a estes seres maravilhosos), manifestam a sua impressão muito universal e naturalista relativamente ao amor no Svátantrya Yoga Shástra: "O amor predispõe o ser a lutar para ser feliz. Resta saber se não se trata de uma criação inusitada e desnecessária o acto de amar! Afaste a razão dessa premissa tornando-a serena e espontânea, talvez assim descubra que o amor é a vida tal como se apresenta."
Sejamos naturais e vivamos amorosamente o dia-a-dia, cada momento, cada agora, conscientes do presente, libertos do passado, e sem ansiar o futuro. Amar é viver, é simplesmente ser, sem esforço, sem lutas, sem dominação nem cobrança. É fácil! Disfrute da vida e viva o amor. Viva o Amor!!!
Em Dezembro de 2009 nasce para este mundo o bebé Surya, um menino divino, o baby krishna cá de casa. Tudo de bom para este novo ser consciente que nos presenteia. Bem vindo sejas a esta vida, que tudo reflicta a tua luz, que tudo seja como tu um Sol, inspirador da humanidade, fonte e origem de todo o conhecimento, removedor de todos os obstáculos! Hare Surya Hare Hare! Hari Om! Om Shánti Shánti Shánti!
Vou voltar a citar Khalil Gibran, no livro O Profeta, relativamente aos filhos: "Sois os arcos e vossos filhos as setas vivas projectadas. O Arqueiro vê o alvo no caminho do infinito, e reteza-vos com o seu poder para que as setas possam voar depressa para longe. Que a vossa tensão na mão do Arqueiro seja de alegria. Porque assim como Ele gosta da seta que voa, também gosta do arco que fica."