Para os animais não se levantam questões de ética. Eles têm pouca escolha não-programada sobre a acção. As acções controladas pelo instinto, que não estão sujeitas a escolha, não criam problemas éticos. A vaca não acresce mérito por ser vegetariana nem o tigre acresce demérito por comer a vaca.
Por outro lado, o ser humano com a sua capacidade de escolha tem de escolher primeiro o fim que pretende alcançar e de seguida os meios para conquistar esse fim. Particularmente nas sociedades ocidentais, exercitamos o nosso poder de escolha sobre os nossos fins, numa permuta infindável de variedade: na comida, roupa, estilo de vida, etc. "Á minha maneira!" apregoa esta individualidade. Também no ocidente, depois parece anexar-se um valor à escolha que é rotulado de "espontâneo", mas que é realmente impulsivo. É bom que existam tantos meios e fins diferentes para escolher; permite uma colagem colorida. No entanto, a escolha impulsiva, ou a escolha dos meios simplesmente porque são fáceis e convenientes, podem resultar no atropelamento do nosso semelhante, destruindo a sua segurança e causando-lhe sofrimento.
Extraído de Introduction to Vedanta, de Swami Dayananda Saraswati. Traduzido por Ricardo Viegas
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