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terça-feira, 8 de abril de 2008

GATE GATE PARAGATE PARASAMGATE BODHI SVAHA

GATE GATE


GATE GATE
PARAGATE
PARASAMGATE
BODHI SVAHA



Este mantra representa uma classe das escrituras Mahayana conhecida como os Sutras da Prajñaparamita (perfeição do conhecimento). Estes aforismos incluem ensinamentos tais como o Sutra do Coração e o Sutra do Diamante. Estes textos são objecto de adoração e devoção no Budismo de Mahayana.
Prajñaparamita eventualmente tornou-se personificada como uma deusa, mas este mantra não se dedica a ela, mas sim aos textos da Perfeição do Conhecimento.


As palavras aqui apresentadas têm o sentido literal:
“Foi, foi, foi para longe, foi inteiramente no longínquo, saudar à Iluminação”


O objectivo do yoga é o próprio yoga. A finalidade que procuramos alcançar já existe em nós, não é possível encontrá-la fora. Nada precisamos acrescentar ao que já somos, nem nos iremos tornar alguém diferente, mas sim conhecer-nos melhor. A questão é que temos tantas impurezas e condicionamentos acumulados que não sabemos reconhecer a nossa verdadeira identidade. O caminho do autoconhecimento inclui um processo de purificação no qual nos despojamos de tudo o que for supérfluo, de todos os condicionamentos e, principalmente, da ignorância existencial. Uma vez realizada essa purificação, surge a verdadeira meta a alcançar: a nossa identidade com o Absoluto.


Este mantra propicia uma boa mentalização para iniciar uma prática de yoga: não interpretem literalmente o sentido de “paragate parasamgate” (foi para longe, foi totalmente no longínquo), porque de facto o praticante não vai a lado nenhum que se encontre distante, pelo contrário o seu objectivo está bem próximo, dentro de cada um. A proposta é que a abordagem à prática seja no sentido de mergulhar profundamente no conhecimento de si, na sua experiência existencial mais intrínseca, no mais subtil do seu ser, para que encontre verdadeiramente “boddhi svaha” (saudar a iluminação) a sua natureza iluminada, o seu conhecimento integral, impossível de ser transmitido por qualquer guru, mestre ou factor externo, indicando que o verdadeiro mestre de sua vida não é outro/a que não o praticante.


"Gate" é uma forma verbal bastante completa, esta pode representar literalmente o verbo "ir", "estar", "levar", "trazer", ou mesmo "ser" de acordo com o contexto literário em que se insere. A sua aplicação é de tal forma extensa que para se entedê-la deveremos seguir ao mesmo tempo direcções diametralmente opostas, numa perspectiva quântica de análise: se interpretarmos Gate com o sentido Foi, devemos entender como ir profundamente no espaço interno do ser, uma imersão nos corpos mais sublimes, tornando desta forma a sua atenção centrada no seu aspecto mais sublime, a Consciência, encontrar a unidade do seu centro interior.
Agora abordemos o extremo oposto: Gate surge aqui como uma viagem expansiva dos vários corpos conscientes do ser, que inicialmente se identificará como parte integrante do meio onde se insere, como uno a este planeta e à sua diversidade, como parte essencial do sistema solar, expandindo a sua identidade universal e total. Qualquer uma das viagens propostas conduzem o praticante à consciência da Unidade com o Absoluto.

1 comentário:

Anónimo disse...

por favor pode me mandar um mantra que ajuda melhorar a minha memoria